Anatomia
Língua
A língua, ou lígula move-se num canal formado pelas maxilas e os palpos labiais, terminando num tufo de pêlos que, como uma esponja, absorve o nectar da flor.
Mandíbula e maxilar
São órgãos responsáveis por amassar as escamas de cera que a abelha expele do abdômen, utilizadas depois para construir os favos. Têm também a função de abrir as anteras das flores - para extrair o pólen; varrer a colméia; e mutilar os inimigos.
Antenas
Órgãos do olfato e do tato são extremamente sensíveis. As abelhas, farejando com as antenas na escuridão, são capazes de construir favos perfeitamente geométricos.
Ferrão
O ferrão serve para injetar o caule no corpo do inimigo. Na fuga a abelha operária, quase sempre, deixa o ferrão na vítima, morrendo um ou dois dias depois por isso.
n° | Legenda | n° | Legenda |
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1 | Língua (ou Probóscide) | 23 | Intestino delgado |
2 | Orifício do tubo excretor da glândula da mandíbula posterior | 24 | Tubos de Malpighi |
3 | Mandíbula inferior | 25 | Glândulas rectais |
4 | Mandíbula superior | 26 | Bolsa de excrementos |
5 | Lábio superior | 27 | Ânus |
6 | Lábio inferior | 28 | Canal do ferrão |
7 | Glândula da mandíbula frontal (glândula mandibular) | 29 | Bolsa de veneno |
8 | Glândula da mandíbula posterior | 30 | Glândulas de veneno |
9 | Abertura da boca | 31 | Arcos do canal do ferrão |
10 | Glândula da faringe | 32 | Pequena glândula |
11 | Cérebro | 33 | Vesícula seminal |
12 | Ocelos | 34 | Glândulas ceríferas |
13 | Glândulas salivales | 35 | Gânglios abdominais |
14 | Músculos torácicos | 36 | Tubo da válvula |
15 | Postfragma | 37 | Intestino intermédio |
16 | Ala frontal | 38 | Copa (entrada do estômago) |
17 | Ala posterior | 39 | Bolsa do mel (bucho) |
18 | Coração | 40 | Aorta |
19 | Estigmas | 41 | Tubo digestivo |
20 | Saco aéreo | 42 | Cordão neuronal |
21 | Intestino médio (intestino quiloso, estômago) | 43 | Palpe labia |
22 | Válvulas cardíacas | 44 | Metatarso |
Abdômen e tórax
São os órgãos que contém os aparelhos: digestivo (tubo faringiano, o esôfago e o estômago ou papo); o circulatório e o respiratório (o sangue é incolor e circula com as contrações do coração, pela aorta e pelo vaso dorsal. Há ainda os estigmas - orifícios por onde respiram os insetos.); o aparelho de reprodução masculino (os órgãos sexuais masculinos terminam na face dorsal do penúltimo anel da crosta) e o feminino (um par de ovários, um oviduto e um receptáculo seminal).
Órgãos da visão
Os olhos compostos são dois grandes olhos localizados na parte lateral da cabeça. São formados por estruturas menores denominadas omatídeos, cujo número varia de acordo com a casta, sendo bem mais numerosos nos zangões do que em operárias e rainhas (Dade, 1994). Possuem função de percepção de luz, cores e movimentos. As abelhas não conseguem perceber a cor vermelha, mas podem perceber ultravioleta, azul-violeta, azul, verde, amarelo e laranja (Nogueira Couto & Couto, 2002). Os olhos compostos - um de cada lado da cabeça de superfície hexagonal, permite uma visão panorâmica dos objetos afastados, aumentando-os 60 vezes.
Os olhos simples ou ocelos são estruturas menores, em número de três, localizadas na região frontal da cabeça formando um triângulo. Não formam imagens. Têm como função detectar a intensidade luminosa.
Asas
As asas são formadas por duas membranas superpostas, reforçadas por nervuras ramificadas. Os pares de trás são menores e munidos de ganchinhos, com os quais a abelha, durante o vôo, prende as duas asas formando uma só.
Sistema de defesa
A abelha operária (ou obreira), preocupada com sua própria sobrevivência e encarregada da proteção da colmeia como um todo, tem um ferrão na parte traseira para ataque em situações de suposto perigo. Esse ferrão tem pequenas farpas, o que impede que seja retirado com facilidade da pele humana.
Quando uma abelha se sente ameaçada, ela utiliza o ferrão no animal que estiver por perto. Depois de dar a ferroada, ela tenta escapar e, por causa das farpas, a parte posterior do abdômen onde se localiza o ferrão fica presa na pele do animal e a abelha perde uma parte do intestino, morrendo logo em seguida. Já ao picar insetos, a abelha muitas vezes consegue retirar as farpas da vítima e ainda sobreviver.
A ferroada da abelha no ser-humano é muito dolorosa, e a sensação instantânea é semelhante a de levar um choque de alta voltagem. Seu ferrão é unido a um sistema venenoso que faz com que a pele da vítima inche levemente na região (cerca de 2 cm ao redor), podendo ficar avermelhada, dolorida e coçando por até dois dias.
Apesar disso, o veneno (baseado em Apitoxina) não causa maiores danos. Esse veneno é produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção alcalina embutidas dentro do abdômen da abelha operária. O veneno, em concentração visível, é semi-transparente, de sabor amargo e com um forte odor. Pode ser usado eventualmente com valor terapêutico e tem alguns efeitos positivos na região em que foi injetado. O veneno pode ser também um perigo grave ou mortal em grande quantidade para quem é alérgico à sua composição.
A vida das abelhas
As abelhas são insetos sociais que vivem em colônias. Elas são conhecidas há mais de 40.000 anos e as que mais se prestam para a polinização, ajudando enormemente a agricultura, produção de mel, geléia real, cera, própolis e pólen, são as abelhas pertencentes ao gênero Apis.
Inseto laborioso, disciplinado, a abelha convive num sistema de extraordinária organização: em cada colméia existem cerca de 80.000 abelhas e cada colônia é constituída por uma única rainha, centenas de zangões
Abelha-rainha
A rainha é personagem central e mais importante da sociedade. Seu tamanho é quase duas vezes maior do que o das operárias, e sua única função do ponto de vista biológico é a postura de ovos. Única fêmea com capacidade de reprodução, a rainha nasce de um ovo fecundado, e é criada numa célula especial - diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos - uma cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geléia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A geléia real é o alimento único e exclusivo da abelha-rainha, durante toda sua vida. A partir do nono dia, ela já está preparada para realizar o seu vôo nupcial, quando será fecundada pelos zangões. Caso apareça outra rainha na colméia, ambas lutarão até que uma delas morra.
Imagens
fonte:wikipedia
Ena, pá! Aprende-se muita coisa aqui, Antônio. Quando eu escrever um livro sobre algum cientista, vou fazer grandes pesquisas no seu blogue. Muitos parabéns. Vamos em frente! Beijos na tua irmã.
ResponderExcluirJuva